Chegando em Paris...

Não visitar a cidade mais visitada do mundo, que recebe mais de 15 milhões de turistas todos os anos, é impensável durante uma viagem à Europa. Portanto, logicamente Paris foi uma das cidades prioritárias na hora da definição do roteiro. Contudo, eu e os amigos com os quais viajei naquela parte da viagem, não chegamos à Paris pelas entradas principais, àquelas que os turistas habitualmente utilizam. A fizemos por uma rota alternativa, a fim de salvar algum dinheiro. Partimos num trem regional de Barcelona até um pequeno vilarejo exatamente na divisa entre a costa espanhola e francesa. De lá, pegamos um trem noturno até a cidade Luz. Todavia, o glamour Parisiense à àquela altura estava anos luz do que tínhamos: uma cabine de aproximadamente 4 metros quadrados, com duas tri-liches. Isso mesmo, 6 pessoas deviam dividir o tal espaço. Mas até aí tudo bem, pelo menos o espaço era climatizado, iluminado, o cheiro de pó era suportável, e nos deram lençóis limpos. Estávamos alegrinhos, afinal tínhamos economizado, e amanheceríamos em Paris, sem perca de tempo em aeroportos. Mas derrepente.. eis que dos rincões mais escuros daqueles vagões fantasmas, surge o primeiro dos nossos colegas de quarto, que ficou carinhosamente conhecido como: “O FEDIDÃO”. Há dúvidas plausíveis quanto à procedência do cidadão. Há os que dizem que ele era na verdade, um fantasma ocupando um corpo já morto e enterrado. Aquela foi a criatura mais mal cheirosa que encontramos na face da terra até hoje. O cheiro era uma composição de muitas coisas que podem cheirar mal, como chulé, bafo, cigarro, bebida, suor etc. Abrimos imediatamente a janela do trem, sem ligar pro ar condicionado que jamais iria dar conta de dissipar aquela carniça! Aguentar até o amanhecer, e a então chegada à Paris foi osso! Dureza... É por isso então que a chegada à cidade não foi das glamurosas... imagine o nosso humor... mas tudo bem, afinal estávamos em Paris! Bem...estávamos.. mas numa estação chamada Gare d’ Austerlitz... que acredite não é nada do que você espera visitar na cidade luz.

Além de ausência total de beleza, informações, placas ou staff que falasse Inglês era peça rara! O fato é que não encontramos. A missão no momento era chegar até o hotel. Então liguei pra eles para pedir coordenadas de como chegar até lá a partir de onde estávamos. Pasmem, no momento em que liguei, não havia staff que falasse Inglês no pequeno hotel, de administração familiar, mas que tinha ambiente simpático. Depois de uma hora zanzando pela estação caçando alguém que nos pudesse passar informações, nada. Foi aqui que tomamos uma decisão quase drástica... andar pela rua buscando alguém que falasse Inglês. Isso em Paris, longe das áreas turísticas é quase é suicídio. Mas tivemos sorte, a poucos metros da estação encontramos uma simpática moça que falava Inglês. Pedi a ela que ligasse para o hotel, e pedisse a eles como chegar até lá. Dito e feito, assim a moça nos passou em claro e bom Inglês como chegarmos até lá de metrô. E até que enfim chegamos! Dispostos a esquecer a desprezível noite que havíamos tido, a péssima má impressão da estação de trem, e super dispostos a dar à Paris o gás que ela merece para ser visitada. Mas isso vai ser tema do próximo post... porque a chegada até lá.. já rendeu toda essa história!


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